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Mostrando postagens de 2010

Descoberta

Sob a sua árvore favorita do parque, Isabella passava muitas de suas tardes. Normalmente ia até o local para se distrair e relaxar, especialmente depois de alguma das comuns brigas que aconteciam entre ela e sua avó. Mas aquele não era um dia como qualquer outro. A família Porto era originária do Brasil, mas se mudaram para os EUA pouco tempo depois de Isa nascer. Nessa época, seu pai e seu avô, donos de uma gravadora, a 2plus2 Music, fecharam acordo com a famosa King song, e, por isso, mudaram-se para aquele país. Durante toda a infância e adolescência, a menina aprendia as coisas em dobro: eram dois idiomas, duas culturas, dois tipos de música, duas tradições. Duas educações. Ao contrário do que aconteceria no Brasil, caso tivesse crescido em sua terra Natal, lá ela frequentava as aulas normais na escola, em Inglês, e, a tarde, tinha aulas particulares de Língua Portuguesa, Literatura, História e Geografia Brasileira. Sua família sempre quis preservar as raizes, principalmente porque

O olhar

O olhar. Esse seu olhar que me cativa, que me paraliza, que faz com que todo o meu corpo mude de atitude num momento. Ele está tão perto, lado a lado com o meu. Por que não se cruzam? Por que não se aproximam? Essa é a magia do olhar. O olhar. Tão próximo e tão distante. Sempre que se aproxima, alguma força me distancia de ti. Reluto, brigo, tento enfrentar essa força por vezes tão forte que chega a ser profundamente dolorida. Mas ela me arrasta, afasta-me. Vejo seu olhar, cada vez mais afastado. Meu coração dói cada vez mais. Por que? O olhar. Quanto mais perto, mais distante. Tê-lo ao meu lado só aumenta o meu desejo de te tocar, de te encontrar. Mas isso é impossível. Volte. Volte para onde saiu. Volte. Volte para sempre.

Deus, obrigada!

Deus, obrigada pela minha mãe e vó brigarem comigo todos os dias. É sinal de que elas estão comigo. Deus, obrigada por minha mãe,mesmo contra a minha vontade, abrir porta e janela de meu quarto para me acordar. É sinal de que eu possuo uma moradia intacta para habitar. Deus,obrigada por eu ouvir e dizer que a comida está quente/fria, sem sal/salgada. É sinal de que eu tenho diversidade e abundância de alimentos para satisfazer o meu corpo. Deus, obrigada por brigar com minhas amigas. É sinal de que eu tenho em quem confiar. Deus, obrigada por me preocupar com elas. É sinal de que eu ainda tenho as pessoas que amo ao meu lado. Deus, obrigada pela chuva e pelo sol. Se os vejo, é porque, mesmo me atingindo, ainda consigo enfrentar os piores momentos. Deus, obrigada por eu perder minhas noites na faculdade. É sinal de que eu tenho acesso à educação. Deus, obrigada por eu reclamar da velocidade da minha internet e da programação da TV. É sinal de que eu tenho acesso à informação. Deus, obri

Eu? Ou eu?

Todos dizem que sou louco. Mas eu não acho. Ah, mas eu acho! Eu nunca fui de acreditar nas pessoas. Elas mentem a todo momento. E falam verdades também. Sabe por que dizem que sou louco? Porque não entendem o que eu digo. Ora, se não entendem, os loucos são eles. Ou eu. Minha mãe nunca acreditou nessa história de loucura. Ou acreditou? Para ela, o meu problema era outro: dupla personalidade. Mas isso seria possível? Eu nunca acreditei. Pois eu acredito! Disseram-me que, independentemente de qual fosse o meu problema, eu deveria procurar um médico. Psiquiatra. Eu sou louco? Eu sou! Para que ninguém continuasse falando, fui. Acreditem: chegando lá, eu até gostei do lugar. Eu não! Tinha até uma cama! Não era cama, era um divã, seu burro! O doutor chegou. Chamava-se Lucivaldo. Que nome estranho. Eu gostei! Conversa vai, conversa vem. A pergunta derradeira: Você acha que está louco? Sim, doutor, eu estou louco. Mas quem é esse que diz eu estou louco

Comemorações - 2.1

Ao contrário de muitos, eu sempre adorei o dia do meu aniversário. Quando criança, a diversão era ganhar os presentes, ou seja, eu gostava, mesmo, do dia da festa. Hoje em dia, eu gosto do dia 05 mesmo. Acima de tudo, é ótimo lembrar que Deus me deu a oportunidade de viver mais um ano. Além disso, o carinho que as pessoas transmitem para você é maravilhoso. Esse ano, teve uma junção: a Cristina, minha amiga, que faz aniversário um dia depois que eu. Dá para imaginar que comemorar junto nem passou pela nossa cabeça, não é mesmo? Posso dizer que, esse, foi um dos melhores aniversários que eu já tive. Além de todas as comemorações, presentes, felicitações, teve o nascimento do Gustavo, no dia 04, e a uma notícia maravilhosa, logo no comecinho do dia 05. Ou seja, a felicidade foi, no mínimo, 2 vezes maior do que o comum. Com a chegada do Gu, chegaram as comemorações. Na sexta, rolou uma sessão básica de Bones aqui em casa com a minha amiga querida, Ci. A noite - ou melhor, madrugada - uma

Amar um amigo é amá-lo como a si mesmo

Eu sigo a Canção Nova pelo twitter,mas confesso que são raras as vezes que visito o blog deles. Mas este post me chamou a atenção pelo nome, o mesmo que intitula esse post. No primeiro momento, eu gostei pelo fato dele ser muito bonito, bem escrito e ter feito uma relação que, por mais que, como católica, eu possivelmente tenha feito inconscientemente, conscientemente eu nunca havia parado para pensar. Já quando o li pela segunda vez, depois de alguns acontecimentos ao longo do dia, meu olhar se voltou para detalhes profundos, os quais me fizeram refletir. Alguns desses trechos eu colocarei a seguir, mas recomendo a leitura do mesmo por inteiro. " Quando eu amo alguém como a mim mesmo, entendo que ele é outra pessoa e não fico tentando modelá-lo conforme a minha vontade. Percebo que ele soma na minha vida justamente porque é diferente, sendo assim, fazê-lo parecido comigo é perder tudo o que as diferenças acrescentariam na vida um do outro." Eu amo meus amigos pelo que eles s

Dia da nostalgia

Hoje foi o dia da nostalgia. Mesmo eu acreditando que amanhã será mais ainda. Começou com a minha conversa normal com a minha amiga Bruna. Ela começou, ano passado, a estudar na mesma escola que eu fiz meu Ensino Médio. Por mais que muitos professores sejam diferentes - o que me deixa, sempre, com uma sensação de desconhecimento - nós ainda trocamos muitas 'figurinhas' a respeito dos que temos em comum. Esse ano, ela terá meu professores favoritos, os que mudaram, realmente, minha vida. Ela tem a Sis que, sem dúvida, foi quem mais me incentivou e que mais influenciou a minha decisão de ser professora - é uma das poucas que tenho contato até hoje e por quem eu nutro um carinho mais do que especial. Depois, olhando o blog da minha companheira de faculdade, Valéria , veio a saudade da faculdade. Como eu disse e continuo dizendo, sorry, mas eu não sinto lugar daquele lugar e nem da maioria das pessoas. Tirando a Val e a Anna, minha orientadora, as pessoas pelas quais eu realmente p
You going to ask me about God and the Devil? Yes. You're going to ask me how God can place such a burden on good people? No. I'm going to ask you how you still belive in a kind God after a case like this. Was my faith shaken? Yeah. Mhmm.It is. It is? Yeah.I'll go home tonight and I'll lie in bed and I'll toss and I'll turn and I'll beat myself up. And, uh, I'll question everything. Will you get your faith back? Always have in the past. So you have faith that you will retain your faith? Why? Because, Bones, the sun will come up and tomorrow's a new day. I know that feeling. Really? Mm-hmm. You know what it feels like to get your faith back? When I see effects and I'm unable to discern the cause, my faith in reason and consequences is shaken. Then what happens? Two plus two equals four. I put sugar in my coffee and it tastes sweet. The sun comes up because the world turns. These things are be

Sua assombração

Tudo para ela era tão distante. De longe conhecia tudo o possível sobre ele. Sabia quando chegava, quando partia, seus gostos, seus gestos, sua fisionomia. Sabia, mais do que ninguém, o quão enormes eram os intervalos de sua presença. Semanas, até mesmo meses sem aparecer. Quando, finalmente, ela acreditava que não mais o veria, e já até havia tirado-o de mente, pelo menos durante boa parte do tempo, ele aparecia. Um fantasma. Seu fantasma, sua assombração. Nessas horas, seu coração pulava, sua voz mudava. A alegria e ansiedade tomavam conta dela. Não conseguia se concentrar, e por grande parte do próximo intervalo até o seu retorno, isso continuava. Em alguns momentos sentia-se estranha, ridiculamente boba. Mas eram segundos. Mesmo tempo de contato que teve. Segundos. Tempo suficiente para um toque, uma viagem ao seu próprio mundo, onde tudo era diferente. Segundos. Tempo suficiente para o distanciamento do toque, uma viagem de volta ao mundo real, onde tudo era como ela não queria.

Filmes e livros das férias

Férias acabando - pelo menos as estudantis. Sim, lá vou eu encarar outra faculdade. Fotografia. Amei a idéia! Confesso que não foram as minhas férias mais produtivas na vida. A preguiça tomou conta do meu ser, e quase nada de realmente útil saiu. Mas consegui fôlego para ler um pouco e assistir muitaaa coisa! Aqui vão minhas melhores dicas: Livros: Os dois livros que li - ou estou lendo - nas férias merecem a indicação. Primeiro, um bem conhecido e cuja a história me apaixona, mas nunca havia lido-o: Alice no país das maravilhas. Impulsionada pela curiosidade crescente, unida a vontade de ler o texto original antes de assistir a nova versão da história feita por Tim Burton para a Disney e a qual estreará em abril por aqui, tomei coragem, comprei o livro e li. Confesso, novamente, que a preguiça me abateu em alguns momentos, e acabei levando mais tempo do que imaginava para ler. Mas posso garantir: é uma leitura fantástica! O texto é maravilhoso e foi melhor ainda por eu já ter 'esq

O nome

Um rosto. Uma marca. Um olhar. No início tudo era somente curiosidade. Who are you? Passou a falar em sua direção. Palavras mudas. Palavras diferentes das quais realmente queria dizer. I need you! Por tempos e tempos, palavras estranhas saiam de sua boca. Sem sentido. Sem sentimento. Vazias. I need you! Até o momento em que a direção foi quebrada. As palavras sem sentido passaram a, naquele momento, serem sem direção. Palavras ao vento, perdidas, procurando um rosto, um olhar...um porto para, enfim, ancorarem. Mas não existia. Where are you? Silêncio. O rosto solitário caminha pela multidão, rumo ao seu ponto inicial. How could you change my life and, after this, just leave it? Quando o olhar finalmente retorna, não mais existem palavras, não mais existe direção. Everything change. Silêncio. Palavras cortadas, olhares distanciados. Conhecia seu rosto, seu corpo, suas marcas, seu olhar, seu andar, sua voz...tudo, menos o que realmente sempre quis saber, e nunca saberá: a i

Terremoto no Hiti e perda de Zilda Arns

Uma semana. Tempo decorrido desde essa tragédia. Tempo que levei para me convencer a escrever esse post. Tardei, mas não falhei. Tardei por vários motivos. Até hoje não sei se os superei, mas tive e tenho certeza, hoje, de que é necessário. O adiamento desse escrito veio devido a falta de coragem de pensar em toda essa tristeza e, acima de tudo, a incerteza na existência de palavras que pudessem expressar tudo isso. Com certeza, toda essa tragédia é dura demais. Muita tristeza, sofrimento, perdas. Lágrimas, sangue. Eu, na minha humilde humanidade, não consigo ter coragem para acompanhar as imagens e nem todas as notícias. Surge um desespero, um sentimento de incapacidade, de não poder fazer nada. Ao mesmo tempo, um medo, medo de que ocorra tudo isso aqui, comigo, com minha família, meus amigos, meus amados. Como disse o padre, hoje, essa tragédia afetou a todos nós, mas, quando tudo acontece ao nosso redor, com os nossos, tudo fica pior. É por isso que, acima de falar da tragédia, dedi

Músculo Coração

Esse músculo que fica comprimido quando sofre de amor e que parece não caber dentro do peito quando se está amando e que realmente controla todo o ser, pois sem ele o Amor não teria lugar para se fixar em nós. Músculo que bombeia sangue para todo o corpo. Sangue cheio de paixões e amores que transmitirá para todo o corpo aquilo que o ser tem de mais bonito. Esse músculo é fundamental na vida, por isso, guarda a essência da vida que é o Amor. Músculo que se contrai e relaxa todo o tempo. Contrai-se quando se sofre e relaxa quando se ama! Explicação para o texto: Acabei de encontrar essa 'relíquia'. Esses dias pensei nesse texto, mas acreditava que não mais o tinha. Mas ai está. Eu o escrevi no primeiro ano do colegial. Ele não é perfeito, nem super criativo, mas, para a época, eu me senti super orgulhosa dele - e o professor da optativa para a qual ele foi escrito também =] Eu lembro que no momento em que o li para a platéia eu tremia tanto que eu realmente fiquei com muito medo

Primeiro encontro de 2010!

Logo no comecinho desse blog, mais precisamente no dia 24 de junho de 2008, portanto, há quase dois anos - como o tempo passa rápido! - eu postei aqui a primeira foto, do primeiro encontro, que tivemos com a Ju Goes. Aquele foi um dia de conhecimento, de descobertas, ansiedade, mas, acima de tudo, e numa visão que agora temos muito mais do que antes, foi um dia de começo. Começo de amizades, de contatos, de diversão...começo de uma família. Ontem tivemos nosso primeiro encontro do ano e, como sempre, foi maravilhoso. Montamos um grupo 'pequeno', mas super unido e amigo. Tudo fica extremamente divertido com eles. Nunca é a mesma coisa e essa é a graça. Não tem como ir num encontro com esse pessoal e não sair sentindo a alma mais leve e com a certeza de que se divertiu demais! Ontem, mesmo com a chuva fortissima e ininterrupta - e com alguns encharcados por causa disso! - nem vimos o tempo passar. Foi maravilhoso! Esse post é só pra marcar que, Graças a Deus, estamos juntos há q