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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Sua assombração

Tudo para ela era tão distante. De longe conhecia tudo o possível sobre ele. Sabia quando chegava, quando partia, seus gostos, seus gestos, sua fisionomia. Sabia, mais do que ninguém, o quão enormes eram os intervalos de sua presença. Semanas, até mesmo meses sem aparecer. Quando, finalmente, ela acreditava que não mais o veria, e já até havia tirado-o de mente, pelo menos durante boa parte do tempo, ele aparecia. Um fantasma. Seu fantasma, sua assombração. Nessas horas, seu coração pulava, sua voz mudava. A alegria e ansiedade tomavam conta dela. Não conseguia se concentrar, e por grande parte do próximo intervalo até o seu retorno, isso continuava. Em alguns momentos sentia-se estranha, ridiculamente boba. Mas eram segundos. Mesmo tempo de contato que teve. Segundos. Tempo suficiente para um toque, uma viagem ao seu próprio mundo, onde tudo era diferente. Segundos. Tempo suficiente para o distanciamento do toque, uma viagem de volta ao mundo real, onde tudo era como ela não queria.

Filmes e livros das férias

Férias acabando - pelo menos as estudantis. Sim, lá vou eu encarar outra faculdade. Fotografia. Amei a idéia! Confesso que não foram as minhas férias mais produtivas na vida. A preguiça tomou conta do meu ser, e quase nada de realmente útil saiu. Mas consegui fôlego para ler um pouco e assistir muitaaa coisa! Aqui vão minhas melhores dicas: Livros: Os dois livros que li - ou estou lendo - nas férias merecem a indicação. Primeiro, um bem conhecido e cuja a história me apaixona, mas nunca havia lido-o: Alice no país das maravilhas. Impulsionada pela curiosidade crescente, unida a vontade de ler o texto original antes de assistir a nova versão da história feita por Tim Burton para a Disney e a qual estreará em abril por aqui, tomei coragem, comprei o livro e li. Confesso, novamente, que a preguiça me abateu em alguns momentos, e acabei levando mais tempo do que imaginava para ler. Mas posso garantir: é uma leitura fantástica! O texto é maravilhoso e foi melhor ainda por eu já ter 'esq

O nome

Um rosto. Uma marca. Um olhar. No início tudo era somente curiosidade. Who are you? Passou a falar em sua direção. Palavras mudas. Palavras diferentes das quais realmente queria dizer. I need you! Por tempos e tempos, palavras estranhas saiam de sua boca. Sem sentido. Sem sentimento. Vazias. I need you! Até o momento em que a direção foi quebrada. As palavras sem sentido passaram a, naquele momento, serem sem direção. Palavras ao vento, perdidas, procurando um rosto, um olhar...um porto para, enfim, ancorarem. Mas não existia. Where are you? Silêncio. O rosto solitário caminha pela multidão, rumo ao seu ponto inicial. How could you change my life and, after this, just leave it? Quando o olhar finalmente retorna, não mais existem palavras, não mais existe direção. Everything change. Silêncio. Palavras cortadas, olhares distanciados. Conhecia seu rosto, seu corpo, suas marcas, seu olhar, seu andar, sua voz...tudo, menos o que realmente sempre quis saber, e nunca saberá: a i

Terremoto no Hiti e perda de Zilda Arns

Uma semana. Tempo decorrido desde essa tragédia. Tempo que levei para me convencer a escrever esse post. Tardei, mas não falhei. Tardei por vários motivos. Até hoje não sei se os superei, mas tive e tenho certeza, hoje, de que é necessário. O adiamento desse escrito veio devido a falta de coragem de pensar em toda essa tristeza e, acima de tudo, a incerteza na existência de palavras que pudessem expressar tudo isso. Com certeza, toda essa tragédia é dura demais. Muita tristeza, sofrimento, perdas. Lágrimas, sangue. Eu, na minha humilde humanidade, não consigo ter coragem para acompanhar as imagens e nem todas as notícias. Surge um desespero, um sentimento de incapacidade, de não poder fazer nada. Ao mesmo tempo, um medo, medo de que ocorra tudo isso aqui, comigo, com minha família, meus amigos, meus amados. Como disse o padre, hoje, essa tragédia afetou a todos nós, mas, quando tudo acontece ao nosso redor, com os nossos, tudo fica pior. É por isso que, acima de falar da tragédia, dedi

Músculo Coração

Esse músculo que fica comprimido quando sofre de amor e que parece não caber dentro do peito quando se está amando e que realmente controla todo o ser, pois sem ele o Amor não teria lugar para se fixar em nós. Músculo que bombeia sangue para todo o corpo. Sangue cheio de paixões e amores que transmitirá para todo o corpo aquilo que o ser tem de mais bonito. Esse músculo é fundamental na vida, por isso, guarda a essência da vida que é o Amor. Músculo que se contrai e relaxa todo o tempo. Contrai-se quando se sofre e relaxa quando se ama! Explicação para o texto: Acabei de encontrar essa 'relíquia'. Esses dias pensei nesse texto, mas acreditava que não mais o tinha. Mas ai está. Eu o escrevi no primeiro ano do colegial. Ele não é perfeito, nem super criativo, mas, para a época, eu me senti super orgulhosa dele - e o professor da optativa para a qual ele foi escrito também =] Eu lembro que no momento em que o li para a platéia eu tremia tanto que eu realmente fiquei com muito medo

Primeiro encontro de 2010!

Logo no comecinho desse blog, mais precisamente no dia 24 de junho de 2008, portanto, há quase dois anos - como o tempo passa rápido! - eu postei aqui a primeira foto, do primeiro encontro, que tivemos com a Ju Goes. Aquele foi um dia de conhecimento, de descobertas, ansiedade, mas, acima de tudo, e numa visão que agora temos muito mais do que antes, foi um dia de começo. Começo de amizades, de contatos, de diversão...começo de uma família. Ontem tivemos nosso primeiro encontro do ano e, como sempre, foi maravilhoso. Montamos um grupo 'pequeno', mas super unido e amigo. Tudo fica extremamente divertido com eles. Nunca é a mesma coisa e essa é a graça. Não tem como ir num encontro com esse pessoal e não sair sentindo a alma mais leve e com a certeza de que se divertiu demais! Ontem, mesmo com a chuva fortissima e ininterrupta - e com alguns encharcados por causa disso! - nem vimos o tempo passar. Foi maravilhoso! Esse post é só pra marcar que, Graças a Deus, estamos juntos há q